domingo, 29 de junho de 2014

Camilo Santana (PT) faz 1º discurso como candidato ao Governo do Estado

O candidato a chefe do Executivo Estadual se pronunciou durante convenção dos partidos, na Faculdade Ari de Sá

camilo santana
FOTO: LUCAS DE MENEZES
O deputado estadual Camilo Santana (PT) foi o nome indicado, pela coligação entre o Partido Republicano da Ordem Social (Pros) e o Partido dos Trabalhadores (PT), como candidato aoGoverno do Estado para as eleições deste ano. O anúncio foi realizado no último sábado (28), pelo atual governador do Ceará, Cid Gomes.
O candidato a chefe do Executivo Estadual se pronunciou durante convenção dos partidos, na Faculdade Ari de Sá, e começou o discurso explicando os motivos de ter entrado para a carreira política.
"Me lembro sempre de um dia, quando eu tinha 7 ou 8 anos, era um dia de domingo, dia das mães, lá no Cariri. Estávamos tomando café quando chegou um delegado dizendo que meu pai tinha que prestar um depoimento na delegacia. Meu pai passou 18 dias desaparecido, ele que é meu exemplo de vida, persistiu e foi torturado em defesa da democracia e da liberdade desse país e desse Estado. Isso marcou profundamente a minha vida e, por isso, fiz essa opção pela vida política, não para me beneficiar, mas para servir às pessoas", disse Camilo Santana
Em tempos de Copa do Mundo, Santana lembrou da frase escrita na chuteira de Neymar, craque da seleção brasileira, "Valentia e rebeldia", e disse que os termos são bem aplicados no âmbito da política. 
"Nós precisamos ter rebeldia contra as desigualdades, precisamos nos rebelarmos contra as injustiças, contra tudo aquilo de ruim que acontece com o nosso povo, e valentia porque nós precisamos  ter ousadia, ter firmeza e fazer aquilo que é necessário fazer, no momento que é preciso, fazer, sem titubiar ou recuar", exaltou o deputado estadual.
"Eu vou dedicar toda a minha energia, quero andar em cada cidade do Estado do Ceará, olhar para as pessoas, conversar, ouvir e ter humildade", completou o candidato.
Fonte: Diário do Nordeste

sábado, 28 de junho de 2014

Dilma sanciona Plano Nacional de Educação sem vetos

A presidenta Dilma Rousseff sancionou, sem vetos, o Plano Nacional de Educação (PNE). O plano tramitou por quase quatro anos no Congresso até a aprovação e estabelece 20 metas para serem cumpridas ao longo dos próximos dez anos. As metas vão desde a educação infantil até o ensino superior, passam pela gestão e pelo financiamento do setor e pela formação dos profissionais. O texto sancionado pela presidenta será publicado em edição extra do Diário Oficial da União de hoje (26). 
O PNE estabelece meta mínima de investimento em educação de 7% do Produto Interno Bruto (PIB) no quinto ano de vigência e de 10% no décimo ano. Atualmente, são investidos 6,4% do PIB, segundo o Ministério da Educação.
O ministro da pasta, Henrique Paim, disse que está contando com os recursos dos royalties do petróleo e do Fundo Social do pré-sal para cumprir as metas estabelecidas, mas reconheceu que o governo terá que fazer um grande esforço. “Como temos dez anos, precisamos fazer uma grande discussão, verificar exatamente as fontes que nós temos e ver no que é preciso avançar. É óbvio que a União terá que fazer um grande esforço, mas sabemos também que os estados e municípios terão que fazer também um grande esforço, um esforço conjunto tanto no cumprimento das metas como no financiamento", disse hoje (26) em entrevista coletiva sobre a sanção do PNE.
Um ponto que desagradou o governo durante as discussões no Congresso e que foi mantido no texto foi a obrigatoriedade de a União complementar recursos de estados e municípios, se estes não investirem o suficiente para cumprir padrões de qualidade determinados no Custo Aluno Qualidade (CAQ). Sobre o CAQ, o ministro ponderou que primeiro será preciso fazer um grande debate com a participação de governo, estados, municípios e entidades da área de educação para definir como calcular o índice. 
Entidades que atuam no setor educacional reivindicavam o veto de dois trechos do PNE. Em carta à presidenta Dilma Rousseff, pediram que fosse excluída a bonificação às escolas que melhorarem o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) e a destinação de parte dos 10% do Produto Interno Bruto (PIB) para programas desenvolvidos em parceria com instituições privadas.
Com a possibilidade de destinação dos recursos também para parcerias com instituições privadas, entram na conta programas como o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) e o Programa Universidade para Todos (ProUni). O texto originalmente aprovado pela Câmara previa que a parcela do PIB fosse destinada apenas para a educação pública.
O ministro defendeu esse ponto e disse que, se não houver parceria com instituições privadas, será difícil avançar. Paim acrescentou que é também uma forma de garantir gratuidade a todos. “São recursos públicos investidos e devemos ter garantia de acesso a todos. Se forneço ProUni, Fies e Ciência sem Fronteiras - ações que tem subsídio ou gratuidade envolvidos - então, estamos gerando oportunidades educacionais”, disse.
Além do financiamento, o plano assegura a formação, remuneração e carreira dos professores, consideradas questões centrais para o cumprimento das demais metas. Pelo texto, até o sexto ano de vigência, os salários dos professores da educação básica deverá ser equiparado ao rendimento médio dos demais profissionais com escolaridade equivalente. Além disso, em dez anos, 50% desses professores deverão ter pós-graduação. Todos deverão ter acesso à formação continuada.
O texto ainda institui avaliações a cada dois anos para acompanhamento da implementação das metas dos PNE. O ministro Paim, disse que o MEC vai anunciar, em breve, um sistema para acompanhamento do plano e também de medidas para dar suporte aos estados e municípios na construção dos planos de educação.
Fonte:http://agenciabrasil.ebc.com.br/

Produção de lagosta cai 50% no mês de junho

Fortalezenses e turistas não encontram com facilidade o crustáceo no Cais Pesqueiro do Porto do Mucuripe
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Os barcos trazem cada vez menos o crustáceo e o quadro deve estender-se ao longo do segundo semestre. A pesca predatória é apontada como responsável pela crise no setor
FOTO: KID JÚNIOR
Iguatu. Pequenos e médios pescadores do Ceará enfrentam dificuldades para captura da lagosta. A produção em junho caiu cerca de 50% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo a Associação de Pequenos e Médios Armadores de Fortaleza (APMAPF). Cerca de 10 mil pessoas estão prejudicadas.
Os barcos trazem cada vez menos o crustáceo e o quadro deve estender-se ao longo do segundo semestre. A pesca predatória é apontada como responsável pela crise no setor.
Fortalezenses e turistas não encontram com facilidade lagostas nos boxes do Cais Pesqueiro do Porto do Mucuripe e em outros pontos de venda da Capital. O período de defeso durou de dezembro a maio passado. Depois de quase um mês de pesca liberada, os barcos retornam do mar com pouca quantidade do crustáceo. Em algumas áreas a queda de produção é ainda maior. Depois de dez dias de pesca, alguns barcos trouxeram ontem apenas 200 kg de lagosta, enquanto em junho do ano passado, as embarcações chegavam com cerca de mil quilos do fruto do mar a cada dia. Os municípios de Aracati, Aquiraz, Beberibe, Cascavel, Icapuí e Fortim são os mais prejudicados.
A queda na produção da lagosta está relacionada com o uso abusivo da pesca predatória, segundo a APMAPF. Muitos barcos insistem em utilizar armadilhas, caçoeira, rede de arrasto e compressor, trazendo sérios prejuízos para o meio ambiente. Portaria do Ibama proíbe essa prática e libera apenas a utilização de manzuá e covo, tipo de gaiola.
"No mar tem mais rede de caçoeira do que o manzuá, de tal maneira que depois de 23 dias de pesca, a quantidade capturada de lagosta representa menos de 50% em relação ao ano passado", observa o presidente da Associação dos Armadores de Pesca da Lagosta, José Nilton Barreto. "O que nós queremos é que o governo cumpra a portaria ministerial, que proibe o uso de rede de caçoeira". Barreto observa que o quadro atual é preocupante. "Esse é um problema que já se arrasta há alguns anos e permanece sem solução".
O deputado estadual Dedé Teixeira (PT) mostra-se preocupado com a situação enfrentada pelos pescadores artesanais. O parlamentar e a Associação dos Armadores de Pesca da Lagosta solicitaram reunião com a Secretaria de Pesca e Aquicultura do Estado, a Conab e a Comissão Estadual de Defesa Civil para tratar da prestação de socorro às comunidades pesqueiras.
"A pesca está praticamente zerada nos municípios de Aracati, Aquiraz, Beberibe, Cascavel, Icapuí e Fortim. São mais de oito mil famílias em situação emergencial", observa Dedé Teixeira. "Trata-se de uma questão de subsistência, pois todo o investimento dos pequenos pescadores foi de água abaixo, logo no início da temporada", frisa.
O parlamentar defende o pagamento de bolsa emergencial para os pescadores afetados pela falta de produção do crustáceo.
O Ibama só dispõe de uma embarcação para fiscalizar a costa cearense e de outros Estados do Nordeste. Segundo pescadores, é comum permanecer parada no Cais Pesqueiro do Porto do Mucuripe. A falta de vigilância facilita a pesca irregular.
Em terra
A coordenação de pesca do órgão federal observa, entretanto, que há ações de fiscalização em terra com o objetivo de coibir a pesca ilegal. Se não ocorre flagrante no mar, alguns dias depois, os fiscais podem identificar os barcos irregulares e agir contra os mesmos. O Ibama aponta as mudanças climáticas como outro fator para a queda na produção da lagosta.
Os três anos consecutivos de seca no Ceará provocaram assoreamento dos bancos de pesca. O período de produção vai de junho a dezembro. O pescador comercializa, atualmente, o quilo da lagosta viva por R$ 25, enquanto o filé custa R$ 60. São necessários três quilos do crustáceo inteiro para se obter um quilo do filé. Assim, o produtor prefere vender o crustáceo inteiro.
Mais informações:
Associação dos Pequenos e Médios Armadores de Pesca de Fortaleza Fone: (85) 3263. 1099
Gabinete do deputado estadual Dedé Teixeira: (85) 3277.2645
Honório Barbosa
Repórte
Fonte: Diário do Nordeste

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Produção de petróleo no Ceará volta a cair

A queda registrada no primeiro quadrimestre de 2014 foi gerada pelo menor desempenho dos campos marítimos

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De janeiro a abril deste ano foram produzidos 861,9 mil barris de petróleo em território cearense, segundo dados da ANP
FOTO: THIAGO GASPAR
Depois de ter revertido, no ano passado, a trajetória de queda na produção de petróleo que já vinha sendo registrada por nove anos, o Ceará voltou, em 2014, a ter redução nesta atividade. Nos quatro primeiros meses deste ano, o volume acumulado de óleo retirado dos campos terrestres e marítimos do Estado apresentou um decréscimo de 22,6% em relação a igual período do ano passado.
Foram produzidos, de janeiro a abril deste ano, conforme dados da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), 861,9 mil barris de petróleo em território cearense, enquanto que, no mesmo intervalo de 2013, a produção havia sido de 1,1 milhão de barris. A queda, registrada em cada um dos quatro meses deste ano, foi motivada pelo menor desempenho dos campos marítimos.
Os quatro campos em mar (Atum, Curimã, Espada e Xaréu), localizados no litoral do município de Paracuru, dentro da Bacia do Ceará, são responsáveis pela maior parte do volume de petróleo produzido no Ceará e, neste primeiro quadrimestre, representaram 85% do total. Neste intervalo, o volume caiu de 967,8 mil barris, em 2013, para 729,7 mil barris, em 2014.
Trajetória de queda
Era exatamente o óleo vindo do mar que havia motivado a recuperação da produção petrolífera cearense no ano passado, fazendo com que o volume total quebrasse a trajetória de queda que se estendia desde 2004 chegasse a um incremento de 28,2% sobre 2012. Isso ocorreu mesmo com decréscimo na produção terrestre. O óleo é retirado em águas rasas no território cearense, com profundidades de até 50 metros. O Estado já possui poços perfurados em águas ultraprofundas, com profundidades superiores a 1.501 metros, mas estes não tiveram sua declaração de comercialidade expedida.
Já a produção em terra, que é feita na Fazenda Belém, localizada entre os municípios de Aracati, Icapuí e Jaguaruana, teve uma leve queda de 0,7% no quadrimestre, alcançando 132,2 mil barris. Ao menos, nesta área, a redução este ano foi bem menor que a do ano passado, quando chegou a 9,5%.
Petrobras
A redução ocorreu mesmo com a Petrobras tendo iniciado atividades no Ceará, tanto em terra quanto em mar, em águas rasas e profundas, com o intuito de recuperar a produção de campos já existentes e acrescentar novas fronteiras de exploração de óleo e gás. Conforme já havia informado, por meio de sua assessoria de imprensa, a estatal iniciou em março o projeto que visa aumentar a produção e o fator de recuperação de óleo do campo terrestre de Fazenda Belém, e também agregar reservas. O projeto, que começou com a construção de locações e acessos, prevê a perfuração de 72 poços.
Já em mar, a Petrobras tem projetos no campo de Espada, em águas rasas e também em águas profundas, com três poços já perfurados. Lá, será feita injeção de água, que busca aumentar o fator de recuperação e produção do campo. De acordo com o plano de desenvolvimento do campo, aprovado em julho passado pela ANP, a Petrobras deverá ainda perfurar oito poços neste campo e ainda construir uma nova plataforma de petróleo.
Sérgio de Sousa
Repórter
Fonte: Diário do Nordeste

segunda-feira, 16 de junho de 2014

MEC divulga o resultado do ProUni

O Ministério da Educação divulgou neste domingo (15) na internet o resultado da primeira chamada do Programa Universidade para Todos (ProUni). A partir desta segunda-feira (16), os candidatos devem se dirigir à faculdade para a qual foram pré-selecionados, levando os documentos que comprovam as informações prestadas na ficha de inscrição.
Para evitar contratempos, o candidato deve verificar o horário e o local no qual deve comparecer para a apresentação das informações. O prazo para que isso seja feito vai até o dia 24.  Caso perca o prazo, o candidato é automaticamente retirado do processo.
Na página do ProUni está disponível uma lista com a documentação necessária. Entre os itens solicitados estão documento de identificação, comprovante de residência, de rendimento e de conclusão do ensino médio.
O ProUni oferece bolsa de estudo integral ou parcial (50% da mensalidade) em instituições particulares de educação superior que tenham cursos de graduação e sequenciais de formação específica. O programa é dirigido a egressos do ensino médio da rede pública ou da rede particular, na condição de bolsistas integrais.
O estudante precisa comprovar renda familiar, por pessoa, de até um salário mínimo e meio para a bolsa integral e de até três salários mínimos para bolsa parcial.
Esta edição do programa ofertou 115.101 bolsas e teve 653.992 inscritos.
(Agência Brasil)

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Confira os estádios que receberão o Mundial

Os 64 jogos da Copa serão realizados em 12 modernas arenas

Arena das DunasA Arena das Dunas, de Natal, foi inaugurada em 22 de janeiro de 2014, tem capacidade para 56.320 espectadores, e receberá quatro jogos da Copa do MundoArena Fonte NovaA Arena Fonte Nova, em Salvador, foi inaugurada em 7 de abril de 2013, tem capacidade para 48.747 espectadores, e receberá seis jogos da Copa do MundoArena PantanalA Arena Pantanal, em Cuiabá, foi inaugurada em 28 de março de 2014, tem capacidade para 42.968 espectadores e receberá quatro jogos da Copa do Mundo
Arena PernambuA Arena Pernambuco, em Recife, (São Lourenço da Mata, na área metropolitana do Recife) foi inaugurada em 20 de maio de 2013, tem capacidade para 46.214 espectadores e receberá cinco jogos da Copa do Mundo
MaracanãO Maracanã, no Rio de Janeiro, foi inaugurado em 27 de abril de 2013, tem capacidade para 78.838 espectadores, e receberá sete jogos da Copa do MundoArena da BaixadaA Arena da Baixada, em Curitiba, tem sua inauguração programada para 30 de abril de 2014, terá capacidade para 41.456 espectadores e receberá quatro jogos na Copa do MundoBeira-RioO Beira-Rio, em Porto Alegre, foi inaugurado em 20 de janeiro de 2014, tem capacidade para 51.300 espectadores e receberá cinco jogos da Copa do MundoEstádio NacionalO Estádio Nacional Mane Garrincha, de Brasília, foi inaugurado em 18 de maio de 2013, tem capacidade para 70.824 espectadores e receberá sete jogos da Copa do MundoArena da AmazôniaA Arena da Amazônia, em Manaus, foi inaugurada em 9 de março de 2014, tem capacidade para 42.374 espectadores e receberá quatro jogos da Copa do Mundo
Arena CastelãoA Arena Castelão, em Fortaleza, foi inaugurada em 16 de dezembro de 2012, tem capacidade para 63.903 espectadores e receberá seis jogos da Copa do Mundo
Arena CorinthiansA Arena Corinthians, também conhecida como Itaquerão, tem inauguração programada em São Paulo para 15 de abril de 2014. Sua capacidade será de 65.807 espectadores. O estádio receberá a abertura da Copa do Mundo, com o duelo entre Brasil e Croácia, em 12/06, e mais cinco jogosMineirãoO Mineirão, em Belo Horizonte, foi inaugurado em 21 de dezembro de 2012, tem capacidade para 62.160 espectadores e receberá seis jogos da Copa do Mundo
Click em cada arena para obter mais informações Fonte: Diário de Pernambuco


quarta-feira, 11 de junho de 2014

PMDB mantém aliança com o PT

A parcela dos peemedebistas que é contra formar chapa junto com Dilma cresceu em relação a 2010

 

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A aliança, defendida pelo senador cearense Eunício Oliveira (segundo à esquerda) foi aprovada por 398 (59,1%) votos convencionais
FOTO: DIVULGAÇÃO
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O deputado federal Danilo Forte está entre os peemedebistas descontentes com a aliança
Foto: Alex Costa
Brasília. O PMDB aprovou ontem em convenção nacional o apoio à reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), mas com engajamento muito menor hoje do que o registrado dentro do partido na campanha de 2010. Há quatro anos, o apoio à petista, então estreante nas urnas, foi de 84,8%. Desta vez, só 59,1% dos delegados do PMDB aprovaram a coligação. Os contrários alcançaram 40,9% dos votos.
O vice-presidente da República Michel Temer, que trabalhou intensamente pela aliança, disse que não ficou frustrado com os números da convenção, mas aproveitou a situação para declarar que cobrará mais participação no governo - uma das principais queixas dos dissidentes do partido. "Estamos construindo um programa de governo para o País e vamos entregá-lo à presidente Dilma", afirmou.
"Teremos uma parcela muito ativa no governo. Não seremos apenas aliados; seremos o próprio governo". O índice de apoio à reeleição dentro do PMDB não só é inferior à votação da convenção de 2010, como também ficou abaixo do que previam líderes do partido. Até a véspera do evento, a cúpula da sigla esperava apoio de 70% dos delegados.
Dilma só chegou à convenção após o anúncio do resultado e procurou demonstrar confiança na vitória em outubro. "Nós juntos vencemos a eleição em 2010 e juntos nós vamos vencer a eleição em 2014. Juntos vamos fazer o Brasil andar pra frente", afirmou a petista.
Dilma também agradeceu o apoio do PMDB à aprovação de projetos considerados prioritários pelo governo, apesar da "forte oposição" dos adversários. Criticada por adversários pela aliança com setores do PMDB considerados "retrógrados", Dilma afirmou: "Estamos aliados ao que há de mais moderno no País".
Palanque eletrônico
A aliança com o PMDB assegura a Dilma pelo menos mais 2 minutos e 18 segundos em cada bloco diário da propaganda política, que começa em agosto. O PT, detentor da maior bancada da Câmara, tem sozinho 2 minutos e 47 segundos. Como o PDT - que tem cerca de meio minuto de propaganda - também fechou ontem o apoio a Dilma, só num dia a presidente agregou quase três minutos na TV.
Dilma e o PT deram prioridade a firmar as alianças de olho no tempo de televisão, independentemente das dissidências internas e nos Estados. No PMDB, a divisão nas disputas regionais ficou explícita ontem, a exemplo do que ocorre em alguns dos principais colégios eleitorais, como Ceará, Bahia, Rio Grande do Sul e Rio de Janeiro.
A ala rebelde chegou a distribuir um documento com críticas ao governo Dilma, citando o aumento da violência, problemas na saúde pública, desestru- turação do setor elétrico, denúncias de corrupção na Petrobras e a "condução intervencionista e populista da economia".
Maioria no Ceará quer apoiar Dilma
Brasília/Sucursal. O Ceará, que contabiliza 52 votos na convenção do PMDB, foi um dos Estados que apoiou, em sua maioria, a coligação com os petistas. Os 35 convencionais (alguns deles têm direito a mais de um voto) que vieram à Capital Federal votaram confirmando o apoio à coligação com o PT e apoiaram integralmente a candidatura do senador Eunício Oliveira (PMDB-CE) ao governo do Estado. Recebido com festa pelos correligionários, Eunício disse que o trabalho feito pelo PMDB no Ceará, "ouvindo e apresentando sugestões que possam colaborar com o desenvolvimento econômico e social do nosso Estado e do País. As manifestações são resultado deste trabalho", disse.
Após a proclamação do resultado, a presidente Dilma Rousseff foi à convenção para agradecer o apoio e aproveitou a oportunidade para criticar a oposição, afirmando que eles não têm programa e "tentam somente reeditar programas de governo já feitos pelo PT".
Descontentes
O deputado Danilo Forte (PMDB-CE), um dos convencionais da bancada na Câmara, está entre os peemedebistas descontentes com o espaço do partido dentro do governo e antes da convenção já havia demonstrado sua insatisfação. "Em um momento em que a inflação está voltando, os investimentos estão diminuindo e obras não estão sendo concluídas, o que temos que avaliar é se vale a pena dar continuidade a um governo que não sabe resolver seus problemas", afirmou Forte. Após a divulgação do resultado, ele não mudou o discurso, mas disse que "chegou a hora do partido se reencontrar com sua história de lutas. É forte em busca de uma mudança. O partido quer maior participação no governo", disse.
Rose Ane Silveira
Repórter
Fonte: Diário do Nordeste