terça-feira, 27 de novembro de 2012

Icapuí: Conheça o Projeto de Olho na Água



 
 
 
Projeto de Olho na Água
  
 
Linhas de ação 

Recuperação e conservação de ambientes relacionados com corpos hídricos, ambientes costeiros e marinhos
Implementação de gestão integrada de recursos hídricos
Promoção e práticas de uso racional de recursos hídricos
Integridade ambiental dos corpos hídricos nas áreas de influência da Petrobras.


Objetivos 

1) Realizar diagnóstico ambiental da paisagem costeira e de suas relações com unidades de paisagem, ecossistemas e águas do mar e da terra
2) Instalar a Estação Ambiental Mangue Pequeno para atuar como desencadeador de medidas e ações de monitoramento e recuperação ambiental do Mangue da Barra Grande
3) Implantar programa de captação, armazenamento e gestão das águas pluviais e de saneamento básico sustentável de baixo custo em três comunidades costeiras de Icapuí
4) Monitorar águas, superficial e subterrânea, através da aplicação de novas tecnologias de uso racional dos recursos hídricos.

 
A planície costeira de Icapuí 

A planície costeira de Icapuí representa um dos mais complexos sistemas ambientais da costa cearense. A cadeia alimentar está diretamente relacionada aos recursos hídricos superficiais e subterrâneos, à produção e dispersão de nutrientes do ecossistema manguezal, às lagoas costeiras, ao banco de algas e à plataforma continental. Localmente, a integração dos componentes geoambientais, ecossistemas e recursos hídricos regula o potencial de biodiversidade que ocorre nas zonas úmidas vinculadas ao canal estuarino Barra Grande, às praias arenosas e rochosas e à plataforma continental adjacente.
A coleta de dados sobre os processos geoambientais e sua compreensão são importantes para a elaboração de um modelo de ações integradas, visando a sustentabilidade sócio-econômica e a continuidade das atividades tradicionais de pesca, mariscagem e produção de algas.

A sistematização desses dados proporcionará elementos para o planejamento e gestão local da zona costeira, devendo ser aplicados para:

• Potencializar o uso sustentável dos recursos hídricos
• Definir e monitorar os impactos ambientais associados às formas inadequadas de utilização e ocupação dos sistemas ambientais
• Planejar atividades sustentáveis relacionadas com o uso adequado da água pelas comunidades tradicionais de pescadores
• Caracterizar as potencialidades socioeconômicas para a melhoria da renda familiar e da segurança alimentar
• Fundamentar ações integradas e participativas de manejo e gestão relacionadas com a saúde pública e a qualidade ambiental
• Planejar e definir atividades de utilização e monitoramento das águas superficiais e subterrâneas, para a gestão continuada e sustentável dos recursos naturais.

Desta forma, as atividades previstas pelo Projeto “De Olho na Água” deverão ainda representar uma atitude de compromisso com a qualidade socioambiental da região. Ações a serem implantadas, relacionadas com o diagnóstico dos recursos hídricos e uso sustentável da água aliadas à implantação de novas tecnologias de uso racional, envolvendo a participação direta das comunidades de Barrinha, Ponta Grossa e Requenguela, promoverão melhorias na qualidade ambiental e na saúde comunitária.
  
 
  
  
  
  
 
  
  
  
  
 
  
  
  
  
  
 
Estação Ambiental Mangue Pequeno 

A Estação Ambiental Mangue Pequeno, parte integrante do Projeto “De Olho na Água”, é um conjunto de ações integradas a equipamentos ambientais, que tem como objetivo contribuir para a preservação do mangue. Através do conhecimento e da adoção de práticas ambientais corretas, a comunidade poderá obter uma nova percepção do ambiente em que se insere, despertando-se para sua riqueza e mobilizando-se para sua conservação. Utilizando técnicas de construção que aplicam conceitos de arquitetura bio-climática e permacultura, a Estação Ambiental Mangue Pequeno é composta dos seguintes equipamentos:

• Centro de Referência: será construído próximo à praia da Requenguela, em terreno doado pela comunidade. Servirá de local para recepção de visitantes e turistas, para guarda de equipamentos e apoio técnico dos agentes ambientais, além de espaço para cursos e treinamentos sobre novas tecnologias e gestão da água.
• Passarelas Suspensas: trilhas para visitas monitoradas por guias locais permitirão conhecer a paisagem através de um percurso permeando áreas significativas do mangue.
• Observatório da Vida Marinha: além de posto de monitoramento da qualidade da água do mangue e mirante de observação, será ponto de apoio para projetos de proteção ao peixe-boi marinho e de aves migratórias.
• Viveiro de Mudas: será construído junto ao Centro de Referência e servirá de banco de sementes com espécies nativas para refazer a cobertura vegetal de toda a área do mangue.

Os materiais serão escolhidos observando-se sua eficiência ambiental desde o fabricante, que zela pela responsabilidade do seu produto, até a manutenção ou troca, dando-se destino sustentável às peças trocadas. As madeiras aplicadas nas edificações serão de manejo, de replantio ou de apreensões do IBAMA. Nas edificações serão usadas técnicas para otimizar o consumo de energia convencional, além de equipamentos que utilizam energias renováveis e dispositivo para reutilização d’água, captação de água de chuva e tratamento de efluentes. Na área do entorno deverá ser implementada a coleta seletiva do lixo integrada a um programa de limpeza de praia.
  
  
  
 
  
  
  
 
  
  
  
 
  
  
  
  
 
Tecnologias para um futuro sustentável 

A segurança e qualidade do fornecimento de água para a população, bem como o tratamento biológico dos efluentes para torná-los recursos valiosos para a conservação ambiental e segurança alimentar, são focos prioritários do Projeto “De Olho na Água”. Para que esses objetivos sejam alcançados, serão utilizadas tecnologias para o uso sustentável da água, incluindo:

• Cisternas de ferrocimento. 

A forma mais barata e eficiente de armazenar água:
• mínimo custo por volume armazenado
• tecnologia de fácil domínio popular
• volumes de até quinhentos mil litros
• viáveis em locais de difícil acesso
• garantia da qualidade da água armazenada
• espessura da parede não ultrapassa os 3 cm
• não necessita de formas ou caixilhos
• mínimo de ferramentas.
• Captação de água da chuva.

Aproveitamento e manejo de um recurso indispensável e gratuito, já escasso em muitas partes do planeta. A água é coletada dos telhados através de calhas e, após passar por um filtro, fica armazenada em cisternas de ferrocimento, disponível durante todo o período de seca.

Vantagens: 

• baixo custo
• garantia de fornecimento localizado
• adaptável a qualquer região do Brasil
• de fácil aplicação popular.
• Tratamento biológico de esgoto. Uma das formas mais simples e eficientes de tratamento, pode tratar toda a água residual de uma comunidade ou apenas de uma moradia.

Vantagens: 

• solução para o problema do esgoto urbano
• pode ser aplicado tanto numa casa, vila ou em apartamentos
• não exala odores
• baixo custo de implantação e manutenção
• tecnologia de domínio público
• sem uso de poluentes. As comunidades receberão treinamento em técnicas de bioconstrução e em técnicas alternativas de tratamento de esgoto doméstico.
  
  
 
 

Outras informações que deve ser observadas



Fonte: http://www.deolhonaagua.org.br


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